quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

o meu túmulo

No meu túmulo, trepido e frio...
Sinto em mim tocar,
A leve brisa que mata

No meu túmulo, escuro e vazio...
Passo os dias no relento
De minha própria solidão.

No tamanho estado fétido
De decomposição
Me ponho...
Decompondo sentimentos...
E radicalizando a dor

Nas lamúrias de minha alma
Eu disponho
De vários meios e formas
De me fortalecer da dor.

Só de uma coisa
Ainda temo...
De não ter o domínio
De mim mesmo!
 

Vampiros








  

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

meus fantasmas

O vazio das ruas
E o aroma de flores mortas,
Por sobre o túmulo gélido
Trepido e morto...

Vejo-me em frente ao espelho
Mais a imagem que eu vejo
Já não reconheço
Afinal quem eu sou?

Me satisfaço com perguntas vagas
Mas, não me contento
Com respostas vãs

Nesse túmulo gélido
Me deito, descanso
Em um fúnebre lar
Ao qual fui posto

Esse lugar não há luz
Há apenas rancor e ódio
A apenas eu mesmo
Eu, e meu reflexo no espelho...


Vampiro!

Os eternos gritos de misericórdia...
O descanso já não é mais eterno
Os túmulos, gritão
As vozes são de clamor
O silêncio sussurra, para os demais

Nos túmulos já não me deito mais
As noites me liberto
As noite abro os olhos
Sinto a cede, corroer meu ser
Sedento...

Os sussurros do silêncio
Se ouve nas noites mais frias
Eterna se tornou minha dor
Que faz de mim
Sua prisioneira

Sou eu o portador do vírus
Dei-me aquilo, que eu preciso
Me alimente
Com seu doce vermelho sangue

Darei a ti
Um eterno beijo
Você já não sentirá mais dor
Pois será como eu...
Vampiro!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

lamurias de um imortal

Escuto a gostas de chuva, tocarem o chão
Sinto o vento frio, tocar minha pele
Vejo a nevoa, que me envolve

Sigo meu caminho
Volto ao meu túmulo
Pra mais uma vez fechar meus olhos
Para mais uma vez me entregar ao sono eterno...
Eterno ate o próximo anoitecer...

domingo, 26 de dezembro de 2010

Eterna Madrugada



 
Nessa noite escura e fria
Em meio as sombras me deito
Com uma taça de sangue na mão
Doce licor...
Ao qual desfruto e me deleito

Ouço apenas, o som do vento
Que circula em minha volta
Sinto o frescor das madrugadas
Das belas madrugadas

Sinto em minha boca
O doce amargo
O nécta da vida
Que invade minha boca
E enriqueci meu corpo

Mais uma vez me faço
Por entre as longo madrugadas
Minha eterna madrugada...  

o precipício

Estou a beira do precipício
E cada pouco que me resta
Se torna muito...
Cada migalha de pão ao chão
É um prato a se ter a mesa...

Cada esmola é bem vinda
Pois estou a pronto de enlouquecer
Qualquer, pesadelo, é um mar de rosas
Pois já não tenho mais nem sanidade...

Não me vanglorio, por meros títulos e fantasias
Pois são meras mentiras...
Não me esnobo, ao dizer que venci
Pois sei que um dia também já obtive a derrota

Só suo poeta, amantes de noites frias
Que sussurra e ao mesmo tempo clama
Inflamado pelos soslaios da vida
Sou um ser que geme e grita...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

deixaram me pra trás


Esse aperto no peito
Essa falta de ar
Essa angustia aqui dentro
Essa dor que não passa

Tudo esta contra mim
Todos me deram as costas

Amigos hipócritas!
Todos me deram as costa
Seguiram a diante e me deixaram pra trás

Mais uma vez
Me deixastes pra trás
Sem se importar
O que eu pensaria

Mais uma vez  
Fui deixado pra trás...

Dorme em meus braços...


Dorme em meus braços
Oh doce criança,
Pois jaz aqui teu conforto,
Em meus braços há de dormi
O sono dos inocentes.

Confortai te doce criança.
Saibas que jamais te deixarei tropeçar em teus passo.
Acredite meu pequeno ser, que nas noites escuras
Eu serei teu anjo, e te livrarei de todo medo.

Sinta minha doce criança,
O aroma do amanhecer
Que traz consigo o clarear de um novo dia...

Sonhe minha bela e doce criança
Sonhe, com o ardor das madrugadas, que se passa em meio a tua
Imaginação...
Que te conduzirei, em teus passos e te darei a mão    


Anjo, ser divono!


Meu anjo, ser divino!
De magnífica nobreza, leve-me contigo...
Quero ficar ao seu lado quando o sol nascer.

Meu anjo, inconfundível anjo...
Me tome em seus braços, coloque-me por baixo de tuas asas
Quero senti o calor que vem do seu corpo
Tocar seus lábios com os meus.

Te seguirei pra onde fores...
Leve-me contigo preciso de sua presença
Proteja-me de meus pensamentos insanos
Conforte-me e me guie

Lenha, dance comigo,
A dança dos loucos apaixonados
Consagrando um amor despido e sem pudor
Meu anjo venha comigo

Venha viver nas noites
E conhecer a madrugada comigo.
Venha meu anjo!
Meu anjo, venha comigo!

Meu doce martírio...

Meu doce martírio...
É ver teu sorriso a cortar tua face.
Em teus braços me sinto perdido,
Perco-me nas várias curvas de teu corpo...

Ouço a voz, sussurrar em meu ouvido
Tua doce voz, que pra mim tornou-se
Bela canção...
Sinto o arder da pele
Ao vê-la linda com seu divino esplendor

Meu doce martírio
É sentir o leve toque de suas mãos em meus cabelos
O sabor de teus lábios,
O brilho do seu olhar...

Ate pareces ser um sonho
E se assim for;
Por favor, peço que não me acordes
Pois é nesse sonho que quero viver
Os dias que ainda me restam

Nesse sonho,
Eterno sonho,
Que tem por nome...
Amor!

Oh, minha nobre dama!


Minha nobre dama!
Fonte do desejo de muitos
Fonte também de meus desejos mais insanos
Confundo-te a um anjo, pois tamanha beleza,
Só poderia ser celeste...

Oh, minha nobre dama!
Eu, que tanto há admiro...
Eu, que tanto há quero...  

Oh, minha nobre dama!
De tão belas curvas,
De uma beleza pura,
Sou como um pássaro por sobre a flor

Tua alva pele,
Teu sorriso a cortar sua face
Faz de ti, como um ser divino belo e sereno
Forte e ao mesmo tempo ingênuo

Oh, minha nobre dama!
Tu és meu motivo de alegria e de dor
Tu és a força vital que me mantém vivo
Pois eu vivo para servi lá

Oh, minha nobre dama!
Oh, minha amada... 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Meu coração, está partido!


Meu coração foi mais uma vez feito em pedaços
Por mais uma vez, eu me encontro a esmo
Sofrendo com minhas lamurias
Suplicando-te por um pouco de sua atenção

Por que me destes as costas?
Por que não me respondes mais?
Por que me deixastes só?

Eu me afago nas lembranças
A amargura parece ñ ter fim
Isso dói, dói muito...

Me sinto perdida, não sei qual caminho seguir agora
Minha alma, esta carente
Necessitado de carinho...
Estou com o coração ferido,
Meu coração esta partido...

amo-te escuridão


A angustia invade meu ser...
E destroça a alma,
Já não tenho motivos pra sorrir,
Nem me restam mais lágrimas para poder chorar
Me resulto em um lado obscuro,
Inesperado, misterioso, secreto...

Tua falta, já me tira o ar meu coração saltitante
Compassos perdidos ao ar...
Mesmo ar que sopra em minha face
A gélida brisa da madrugada...

Tudo parece nada...
Inconsciente, se torna a noite
Em meio a passos apresados
E gritos horrorizados

Não enxergo mais a luz
Estou e meio ao vazio...
Mórbido e frio
Que me consome e me
Destroça aos poucos...

Na falta de luz me cubro com a escuridão
Que me conforta...
Pois ate então tem sido minha única companheira
A única que me entende
Sem questionar
A única que me deixa ser eu mesmo...
  

sozinho...


Vejo-me sozinho, perdido em meus caminhos
Me faço e me refaço
Crio formas, refaço meus sonhos
Eu auto me destruo.
Pra me construir de novo, e de novo...
Quantas vezes for preciso
As escolhas que um dia eu fiz
Já não me servem mais...
O caos me devora, me coroe, me derrota...
Me vejo incapaz de reagir
Estou frágil e sem reação...
Espero que um dia eu consiga me libertar.
Espero que a vida vá me recompensar.
Já não enxergo mais a luz.
O claro agora irradia minha visão
Minha alma triste clama grita de dor.
Não consigo suportar...
Solidão, por favor vá embora,
Deixe-me em paz!
Estou cansada de clamar
Minha voz agora muito fraqueja
Meu coração se recusa a bater
Prossegue a dor
Pela profundidade de meu ser
Ferido...
Onde esta minha fonte de alegria?
Inesperado o inexplicável...
Inconfundível como minha dor...


Prendo-me


Prendo-me em meus princípios
Os mesmos que me constroem
Refaço-me e reconheço
Relatos da minha voz
Enfeito minhas fantasias
E não as considero mentiras...

Procuro diversas respostas
Mas nenhuma delas, me conforta
Noto varias imperfeições
E reparo que 
Imperfeições só se vê
Quando se está claro...

Relembro das memórias perdidas
Os fragmentos de uma vida...
Incalculáveis, são os caminhos
E em todos eles...
Eu sigo sozinho!

Retenho as lágrimas
Para não choras.
Isso se torna impossível
Quando não se tem
Motivos para se alegrar...
Não imponho censuras
Embora, todos amem me
Censurar...

Dispenso comentários,
Mas crio súplicas
Por meio das vozes a clamar
Consolo, não encontro
Pois nenhum dos braços
Soube me afagar...

Onde foi parar a luz?


Agora abro os olhos mais uma vez me faço despertar,
Agora eu acordo do pesadelo,
Desperto, e me encontro no caos, desperto e me perco,
 No calabouço que tenho dentro de mim mesmo...

As suplicas se repetem , os gritos prosseguem, a loucura me sucede,
As angústias me coroem, ninguém pode ouvir meus gritos,
Pois estou muda, estou inerte,

Maldita forma!
Conspiro contra mim mesmo, e suplico
Pra que me tirem do desespero...

Nada que se faça parece resolver
Me vejo, escondia no meio das trevas,
Pra onde foi a luz, pra onde foi minha lucidez?
Me encontro muda e inerte...

Saudações o doce morte!
O desatino dessa vida que tanto me consome
Configura minha alma,
Eu acordo e volto ao sono
Eu desperto e volto ao meu descanso

Onde foi parar a luz?
Por que ta tão escuro aqui?
Me vejo, perdida no buraco em que eu me encontrei...